O tratamento mais comum para a sépsis provocada por bactérias, sejam elas Gram positivas ou negativas é o uso de antibióticos. As terapêuticas com antibióticos, quando a sépsis foi provocada por bactérias Gram negativas, tem o inconveniente de elevar os níveis de endotoxinas bacterianas no plasma sanguíneo dos pacientes. A maior concentração de endotoxinas bacterianas durante o tratamento da sépsis deve-se à lise bacteriana provocada pelo antibiótico, que por sua vez liberta para o meio os lipossacáridos (LPS) que constituem a parede celular das bactérias.
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Denomina-se sépsis ao processo de resposta imune inflamatória que ocorre quando um patógenio passa para o plasma sanguíneo, dando lugar a uma disfunção organica. A sépsis continua sendo uma das causas de maior mortalidade na população, apesar de que atualmente os cientistas tenham desenvolvido agentes antimicrobianos mais potentes e específicos do que os que existiam há umas décadas atrás e, se compararmos com os antimicrobianos disponíveis há apenas dois século, podemos afirmar que existem muitas alternativas para o tratamento dos pacientes que sofrem de sépsis. Para o diagnóstico clínico da sépsis, utilizam-se hemoculturas e antibiograma, que permitem que o tratamento se adeque ao agente causador da doença.
Para conseguir um tratamento eficaz da sépsis causada por bactérias Gram negativas, é preciso ter em conta dois factores importantes: O microorganismo, ou microorganismos caso se tratem de vários, responsáveis pela infecção e o estado físico do paciente. Características como a idade, o estado geral de saúde da pessoa antes de contrair a infecção, as condições ambientais onde vive, as particularidades genéticas, assim como o seu historial clínico são factores que até há alguns anos tinham sido pouco valorizados, mas que os estudos científicos demonstraram que são muito importantes na hora de decidir que tratamento seguir.
São muitos os antibióticos que podem ser usados nos casos de bacteriémias por agentes Gram negativos, por exemplo antibióticos beta-lactâmicos e as sulfonamidas. É de grande importância a escolha do antibiótico apropriado para cada caso, pois as terapêuticas com antibióticos não específicos e a falta de diagnóstico precoce da sépsis, são os principais factores que causam a elevada mortalidade e morbilidade associadas a esta patologia. Por outro lado o estudo da sensibilidade ao antibiótico é crucial, dado o sucesso do tratamento estar dependente disto mesmo.
O factor de virulência mais importante quando se está na presença de sépsis devida a bactérias Gram negativas são os lipopolissacáridos. Sabe-se que os LPS podem levar a pessoa que contrai a infecção, num curto espaço de tempo, a um choque séptico, que é a fase mais aguda e perigosa da sépsis. É importante contar com os meios para conseguir quantificar a concentração de LPS no plasma sanguíneo e em outros fluidos biológicos de forma a combater a sépsis. O método mais utilizado, tanto nos laboratórios de investigação como a nível clínico para a detecção de endotoxinas bacterianas é o ensaio de LAL (lisado de ambócitos de Limulus). Este ensaio baseia-se no processo de resposta imune causada pelos LPS na hemolinfa do caranguejo ferradura, semelhante aos efeitos que a presença de toxinas tem nos mamíferos.
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1) Angus, D.C., Wax, R.S., Critical Care Medicine, 29, 7 suppl, 109-116, 2001.
2) Pink, P.W., et al., Am. J. Respir Critical Care Med., 171, 6, 616-620, 2005.
3) Campisi, L. Brau, F., Glainchenhaus, N., Immunolog. Rev., 2008.