A escolha de reagentes adequados com qualidade adequada é um pré-requisito para a geração de resultados experimentais precisos e confiáveis a partir de testes laboratoriais. No entanto, não há diretrizes universais sobre o processo de seleção, e cada laboratório ou instituição desenvolve seus próprios padrões e procedimentos. Além disso, pode ser um desafio avaliar os inúmeros produtos disponíveis de vários fabricantes. Aqui estão cinco fatores a serem considerados ao selecionar reagentes para suas necessidades experimentais:
1. Considere a variabilidade lote a lote
As características do reagente podem apresentar variações lote a lote, o que pode afetar negativamente a confiabilidade dos resultados experimentais.1 O significado relativo das variações de lote depende também das especificidades e do propósito dos experimentos planejados (como, por exemplo, se eles fazem parte de pesquisas ou investigações clínicas). Portanto, geralmente cada laboratório estabelece seus próprios processos para avaliar e lidar com as variabilidades lote a lote. Protocolos para a avaliação de novos lotes também foram propostos por diferentes organizações, incluindo o Instituto de Padrões Clínicos e Laboratoriais.2
2. Selecione reagentes com graus de pureza adequados
Os reagentes são produzidos com diferentes graus de pureza, incluindo os graus ACS, reagente, USP, NF, laboratório, purificado e técnico. A seleção de um regente com uma pureza adequada deve ser realizada levando em consideração o objetivo pretendido dos experimentos planejados e, se aplicável, as diretrizes regulatórias. Além disso, os reagentes podem ser divididos em reagentes “apenas para uso em pesquisa” (RUO) e reagentes produzidos de acordo com as boas práticas de fabricação (GMP), que são fabricados com diferentes graus de rigor.3 Informações adicionais podem ser adquiridas verificando a certificação de um fornecedor de reagentes com a Organização Internacional de Normalização (ISO).
3. Verifique a compatibilidade de um reagente com seu equipamento de laboratório
Para cada novo reagente ou kit de reagente, sua compatibilidade com o equipamento de laboratório disponível deve ser verificada. Por exemplo, o ensaio LAL in vitro, que é o teste de endotoxina mais utilizado, pode ser realizado usando três técnicas diferentes: um teste de gel-coágulo, cromogênico ou turbidimétrico.4 Em laboratórios que não possuem a infraestrutura necessária para realizar os ensaios LAL quantitativos cromogênico ou turbidimétrico, o ensaio LAL qualitativo de gel-coágulo pode ser realizado sem a necessidade de equipamentos caros.
4. Analise o potencial de alto rendimento, os requisitos de tempo e o custo do reagente
Em um laboratório movimentado de diagnóstico ou pesquisa, tempo e escalabilidade são considerações importantes. No entanto, em outras configurações, onde apenas um baixo número de amostras é analisado, o custo pode ser uma preocupação mais importante. No exemplo de ensaio LAL, os ensaios cromogênicos e turbidimétricos permitem a realização de experimentos quantitativos e de alto rendimento, economizando tempo e entregando resultados quantitativos. Em contraste, o ensaio de gel-coágulo permite uma avaliação rápida e econômica, mas qualitativa, de amostras individuais.
5. Revise as diretrizes publicamente disponíveis para seleção de reagentes
Diretrizes para um processo estruturado de seleção de reagentes foram propostas, o que pode ser útil para os pesquisadores escolherem reagentes para seus experimentos planejados. Assim, os cientistas desenvolveram diretrizes que pontuam os reagentes usados com frequência em relação à sua química, potencial para 15 transformações, riscos ambientais e de segurança e ciclo de vida.5
Escolher os reagentes mais adequados para as necessidades de teste do laboratório é uma tarefa complexa e desafiadora. Considerando a variabilidade do lote, a pureza do reagente, a compatibilidade do equipamento, os requisitos de tempo e escalabilidade e as diretrizes publicamente disponíveis para a seleção do reagente podem facilitar e agilizar esse processo.